"O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções que eu vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeira. No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero, por isso não estranhe a minha maneira de sorrir de ti desejar o bem. E só assim que eu enxergo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver"

Clarice Lispector.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

TRANSTORNO BIPOLAR E A ESCOLA

O transtorno bipolar é uma doença que afeta a parte mais complexa do corpo, que é o cérebro. Este transtorno envolve tanto a estrutura como o funcionamento anormal do cérebro. Além disso, os pesquisadores encontraram níveis anormais de substâncias químicas neurotransmissoras e atividade celular anormal no cérebro. Os estudos genéticos têm ligado múltiplos genes para transtorno bipolar, incluindo dois que são responsáveis pela construção do cálcio e canais de sódio no cérebro.
O transtorno bipolar afeta o nível de energia da pessoa, também seus pensamentos, humor e comportamentos. A pessoa que sofre de transtorno bipolar tem experiências de extremas mudanças no humor variando de depressão para mania.
Diminuição dos níveis de energia, tristeza sem motivo, falta de motivação, irritabilidade, raiva, sentimentos de desprezo pela segurança pessoal e sentimentos suicidas são alguns dos sintomas que podem marcar um período de depressão. O aumento dos níveis de energia, humor exaltado, pobre impulso para controlar-se, pensamentos grandiosos, pensamentos muito acelerados, agitação e agressividade são alguns dos sintomas que podem marcar um período de mania.
As crianças que manifestam transtorno bipolar frequentemente passam por estas experiências de variação do humor em um mesmo dia. Também podem misturar os sintomas de mania e depressão, formando o que é chamado de estado misto. Durante as diferentes fases da doença, as crianças podem aparecer lentas, irritadas, zangadas, oposicionistas, taciturnas, chorosas, hiperativas, desatentas, distraídas, falantes, arrogantes ou sem controle.
Devido a natureza crônica de sua condição, é requerido medicação e tratamento. Quando tratadas com a devida medicação diferentes crianças vão atingir vários níveis de estabilidade. Esta estabilidade pode variar grandemente durante o ano escolar. Ela pode ser afetada por surtos de crescimento, alterações sazonais, aumento do stress, entre outras coisas. Em um ponto do ano, um aluno bipolar pode estar no topo da sua classe. No mesmo ano, o aluno pode achar difícil se  não mesmo impossível frequentar a escola.
Efeitos na Sala de Aula
O Transtorno Bipolar ENCRAVA a habilidade da  criança funcionar na sala de aula e se beneficiar das instruções educacionais. Em primeiro lugar, a vasta gama de sintomas associados com transtorno bipolar em crianças tem um grande impacto sobre a sua educação. Estes sintomas irão afetar diretamente o comportamento da criança na sala de aula. Crianças que começaram agora o  tratamento ou aqueles instáveis na sua atual dosagem de medicação irão experimentar a mais diversa gama de problemas na sala de aula. Aqueles que estão atualmente estáveis através de seus  remédios funcionarão muito melhor na sala de aula.
Abaixo temos uma lista das dificuldades que podem ser experimentadas em sala de aula:

·        falta de concentração

·        falta de foco

·        ações desinibidas

·        dificuldade de se manter sentado

·        desorganização

·        desempenho inferior ao potencial

·        falar alto

·        não pode estar parado ou esperar

·        falta de motivação

·        dificuldade em completar tarefas

·        sonolento ou abrandou

·        ataque de choro

·        problemas com os pares (colegas)

·        zangado ímpetos (sem motivo e de repente)

·        dificuldade com a mudança

·        dificuldade com o estresse

·        freqüente absenteísmo

·        freqüentes cefaléias

·        dores no estômago / dores da perna
Em segundo lugar, o Transtorno Bipolar pode interferir com o bom funcionamento da criança em sala de aula prejudicando especialmente o funcionamento cognitivo nas áreas de memória, atenção e processamento de informações. Estudos mostram também que as crianças bipolares frequentemente interpretam de maneira errada expressões faciais e o significado da linguagem emocional. A terceira interferência vem sob a forma de elevadas taxas de co-mórbidas condições, incluindo ansiedade, dificuldades de aprendizagem e de atenção. Finalmente, a medicação também pode ter efeitos secundários e encravar as habilidades para um bom funcionamento do aluno bipolar em classe.
Medicação
O transtorno bipolar é uma doença que exije tratamento com prescrição de medicações. Uma criança que sofre da doença comumente presente necessita de  múltiplas medicações para alcançar a estabilidade.

Vários “ensaios” de  medicações precisam ser feitos, antes de encontrar a combinação adequada das medicações. Juntamente com as necessárias medicações, chegou inevitáveis efeitos secundários. Estes podem ter um impacto sobre a aula. (...)
Parceria
Os professores e os pais devem formar uma aliança para responder às necessidades especiais dos alunos com  transtorno bipolar.
A seguinte lista contém  importantes questões a colocar aos pais de seu aluno com transtorno bipolar :
1. Será que a criança tem uma condição de comorbidades? (TOC,TDAH, Ansiedade, etc.)
Se sim, você pode pedir aos pais para lhe fornecer informações adicionais relativamente a esta condição.
2. Será que a criança tem efeitos colaterais devido à  medicação?  (boca seca, freqüência em urinar, tontura, vômitos, etc)
3. Quais são os seus estressores específicos?  (multidões, o excesso de ruído, etc)
4. O que ajuda a ele / ela ficar calmo (a)?  (exercícios respiratórios, lugar calmo, lugar sentado, etc)
5. Será que a criança tem um dom especial ou área de interesse?  (música, arte, lazer, etc)
6. Como é que esta doença afeta especificamente no âmbito acadêmico? (dificuldade de concentração, imparidade específicos, etc)

A comunicação deve continuar durante todo o ano escolar. Será importante para você e para enviar relatórios positivos para casa também. (...)
 Crianças que sofrem  de transtorno bipolar tem uma doença grave, que, por vezes, será a causa de um comportamento errado na sala de aula. A doença das crianças deve ser levada em consideração quando avaliado seu comportamento.
O professor ideal deve ser perseverante na rotina da classe e governar com flexibilidade para ajudar na natureza cíclica da doença. Empatia, compaixão e aceitação para aprender sobre as condições da criança são elementos  importantes. Uma atitude positiva é também essencial.
O aluno com transtorno bipolar freqüentemente experimenta  a desaprovação dos colegas e das figuras de autoridade devido a comportamentos inadequados que são, às vezes, manifestados como resultado desta doença. Já a desaprovação do aluno em relação a si mesmo é a maior  de todas. Cerca de duas em cada dez pessoas com transtorno bipolar encontram seu desespero tão grande que tomam as suas próprias vidas.
O professor ideal deveria evitar comentários degradantes ou humilhantes e focar nos dons e talentos especiais da criança bipolar. O aluno bipolar vai precisar muito mais de incentivos e elogios. Em muitos casos, crianças com transtorno bipolar são muito brilhantes mas tem dificuldade de desempenhar todo seu potencial.
FONTE:http://planosdeensino.no.comunidades.net/index.php?pagina=1842779779 

domingo, 25 de agosto de 2013

NOSSAS REALIZAÇÕES...

Município de Seropédica possui seis Unidades Escolares com classes especiais, disponibilizando recursos pedagógicos, atividades e conteúdos adequados as necessidades dos alunos com deficiência. E ainda vinculado a Educação, temos a saúde escolar com atendimento de terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, massoterapeutas,  ,serviço de assistência social e o Programa de Apoio Integral ao Educando (PAIE).
Em algumas classes especiais, realizamos a inclusão inversa, que é quando alunos das salas regulares realizam atividades junto com os alunos com deficiência.
Possuímos também em diversas Unidades Escolares, alunos inclusos, que realizam avaliações e atividades diversificadas de acordo com a sua especificidade.
Ações realizadas na educação especial e inclusão
  • Avaliação diferenciada para os alunos inclusos
  • Obrigatoriedade dos relatórios dos alunos inclusos e de classe especial
  • Formação continuada  para os professores
  • Centro de estudos  para os professores
  • Projeto pedagógico  direcionado para os alunos de classe especial
  • Colônia de férias ( projeto inicial- CREI)
  • Canal direto de  comunicação com professores e responsáveis
Facebook  : classe especial& inclusão
              Email: coordenacaoespecial@hotmail.com
Suporte ao professor: http://www.suporteaoprofessor.com/
  • Aumento das matrículas e atendimentos  de alunos com necessidades especiais em 2013.

PROJETOS FUTUROS
Encontro de pais ,  com profissionais  de diversas áreas.
Colônia de férias (para todas as classes especiais do Município)
Ecoterapia e Musicoterapia
Atividades extracurriculares diversas


domingo, 18 de agosto de 2013

AVDs NA ESCOLA


 

Atividades da Vida Diária  - (Escolar )(AVDs)

Atividades da Vida Diária (AVDs), dizem respeito ao cuidado de si próprio e da sua comunicação (alimentação, higiene, cuidado pessoal, vestuário, comunicação escrita, verbal, gestual e locomoção). 

·         Atividades da Vida Prática (AVP): atividades domiciliares, do cotidiano. 
 
·         Atividades da Vida de Trabalho (AVT):dizem respeito às atividades laborativas, das mais simples às mais complexas, em diferentes postos de trabalho, respeitando-se os limites biomecânicos. 
 
·         Atividades da Vida de Lazer (AVL): são atividades que envolvem a satisfação, o descanso, o interesse do indivíduo como, por exemplo, esporte, jogos, jogos de salão, dança, teatro, leitura, cinema, música, grupos de atividades recreacionais, entre outros. 
As atividades acima citadas desenvolvem, de forma gradativa, hábitos diários importantes para a independência e autonomia de cada indivíduo, tomando-se em conta as diferenças entre as pessoas e a restrita capacidade de imitação de quem não vê.
 
A pessoa com deficiência visual aprende aquilo que vive concretamente, por isso, o trabalho em Atividades da Vida Diária, Prática,de Trabalho e Lazer é apresentada ao aluno de forma que ele possa manusear objetos, identificando-os e sabendo para que esses servem. Os usuários são levados a vivenciar cada atividade.

 
A Atividade da Vida Diária (AVD) é uma área específica de atendimento que, na educação, tem como objetivo proporcionar à pessoa com  deficiência , condições de formar dentro de suas potencialidades, hábitos de auto-suficiência que lhe permitam participar ativamente do ambiente em que vive.
As AVDs estão intrinsecamente ligadas à rotina de qualquer indivíduo. São os procedimentos que desenvolvemos em nosso dia-a-dia. Não prestamos atenção a eles, e até achamos fácil realizá-los. Daí o fato da pessoa necessitar da ajuda, do professor facilitador para encadear todo o processo.

     Ex: escovar os dentes, lavar as mãos, etc.

 Cabe ao professor criar oportunidades para que o aluno encontre situações onde possa explorar, manipular, vivenciar hábitos e atitudes fundamentais para sua sobrevivência, como alimentação, higiene pessoal, segurança, atividades domésticas, vestuário. Além disso é importante a eliminação de comportamentos indesejáveis e prejudiciais, tais como: comer segurando a colher de forma incorreta, apoiar os cotovelos na mesa, juntar a comida com a mão e colocá-la na colher, ou ainda sentar-se de forma incorreta, sem saber onde colocar as pernas... Todas essas atitudes são simples, mas de fundamental importância para todo o ser que vive em sociedade e que precisa cultivar boas maneiras.

    
     Vale ainda salientar que as atividades de ADVs não serão ditadas pela vontade do professor apenas, mas o próprio aluno é que dirá o que quer aprender. Isso não significa, evidentemente, que o professor deixe de sugerir ao aluno que julgar oportuno. Como toda ação educativa, é no diálogo que professor e aluno crescem e se desenvolvem mutuamente como pessoas.


  
Exemplos de atividades:
No quadro ou em uma cartolina grande  enumere junto com os alunos a rotina de um dia , exemplo:
1 o que você faz quando acorda?
2 calça o chinelo
3 escovar os dentes
4 toma banho
5  toma café
6 ver televisão
7 vai para escola
8 janta
9 vai dormir
Nesse tipo de trabalho você estará trabalhando matemática, estará promovendo o diálogo; o interessante que você escreva, o que os alunos forem falando, com isso você também poderá colocar na rotina informações como hora de tomar remédio, hora de ir ao médico, etc...
Exemplo 2:

Que tal levar algumas peças de roupa e brincar de desfile ou de teatro, com isso você estará trabalhando o ato de se vestir e comportamento, brincar de faz de conta é uma boa oportunidade para os alunos expressarem seus sentimentos.



PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS 

 

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26838

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
1) Identificar situações de risco de acidentes domésticos.
2) Conscientizar-se de que pequenas alterações na organização da casa poderão evitar acidentes domésticos na infância.
3) Adotar posturas de cuidado e prevenção contra acidentes domésticos.
Estratégias e recursos da aula

ATIVIDADE 1:

Inicie a aula conversando com a turma a respeito de suas experiências familiares. Pergunte aos alunos: “Alguém aqui já sofreu ou presenciou algum acidente doméstico?” Como foi? Quais as consequências para a pessoa?” Escute os relatos dos alunos .
 Os/as alunos/as deverão fazer um manual de cuidados a serem tomados em suas casas para que se evite acidentes domésticos. Esses manuais deverão ser socializados no grupo e posteriormente levados para casa para serem apresentados aos seus familiares. 

ATIVIDADE 2:

 RECORTES DO PERIGO
Os/as alunos/as deverão recortar gravuras de revista em que se apontam riscos de acidentes domésticos. Sobre cada gravura recortada o/a aluno/a deverá colocar um X representando PERIGO. Caso os/as alunos/as não encontrem figuras poderão produzir desenhos que melhor representem as cenas de prováveis acidentes domésticos com crianças.
Sugestões de algumas imagens, disponíveis em:
fonte: nova escola

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

SEMANA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 2013


A semana da pessoa com deficiência teve como referência a semana do excepcional que é um evento que já é realizado nacionalmente pelas APAES e a

Lei 5810/10 | Lei nº 5810, de 25 de agosto de 2010 (   Artigo 1º Fica instituída a semana do dia 21 a 28 de agosto como a Semana Estadual da Pessoa com Deficiência)

Sendo o intuito de divulgar os trabalhos realizados pelos professores das classes especiais dentro do Município e proporcionar a reflexão entre nossos alunos neurotípicos e toda comunidade escolar.
Este ano todas as Classes Especiais do Município participaram do evento. 
E todas as Unidades Escolares independente de terem alunos inclusos ou não, irão realizar durante o mês de agosto, atividades educativas na divulgação do conhecimento das deficiências e síndromes.
Com objetivo de promover a reflexão e conhecimento sobre pessoas com deficiências e a prática inclusiva dentro do Município de Seropédica na perspectiva da prevenção de preconceitos dentro e fora da unidade escolar.
 Contribuindo para um futuro mais justo, uma sociedade igualitária e respeito às diferenças.
Foram escolhidas as cores: azul representando todas as síndromes, amarelo, todas as deficiências físicas e, vermelho, representando todas as doenças genéticas.





CRONOGRAMA



            20/08 ABERTURA NO CAIC  13:30HS  (aberto ao público)

            * Apresentações dos alunos do CREI 
             * Apresentações dos alunos da U.E.João Leôncio  
            *  Palestra com Sr. Ulisses Costa
Responsável pela primeira lei municipal do Brasil em favor dos autistas (Lei n.º 4.709/2007). Fez denúncia à Defensoria Pública do Rio de Janeiro pela falta de diagnóstico precoce e tratamento adequado às  especificidades da síndrome autista. Foi um dos responsáveis, junto com a Sra. Berenice Piana, pela audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal que deu origem ao Projeto de Lei n.º 168/11, que mais tarde originou a Lei Federal n.º 12.764.
            21/08 CINEMA (somente para os alunos)

            22/08 ENCONTRO COM OS PAIS ( aberto ao público)
             A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA VIDA DE UMA CRIANÇA ESPECIAL
           *  Palestra com Srª Emanoele Freitas 
            Mediadora e Orientadora Familiar e Escolar
            Presidente e Diretora Geral da AAPA – Associação de Apoio a Pessoa Autista
            Presidente Conselho Munic. Dos Direitos da Pessoa com Deficiência. 

           *  Depoimento do Sr.Fernando Jose da Silva e Cristiane de oliveira Vargas
            Responsáveis de uma aluna da rede (SMECE)  
          
            23/08 TARDE ESPECIAL (aberto ao público)
            Atividades lúdicas 
           Apresentações das Unidades Escolares
            Mostra de trabalhos

            24/08 PASSEIO (somente para os alunos) 

sábado, 10 de agosto de 2013

SUGESTÕES DE ATIVIDADES I


DINÂMICAS: quando um aluno com necessidades educacional for integrado em classe comum, sugerimos que além das orientações gerais oferecidas pela professora da classe, a mesma possa desenvolver com o grupo algumas dinâmicas, elas iam facilitar a integração do aluno com necessidades educacional especial.
EX.: Quebra-cabeça- A professora divide aleatoriamente uma folha de cartolina e quantos pedaços forem necessários para que cada aluno receba uma peça. As peças devem ser numeradas em seqüência de acordo com o número de alunos da classe. Antes de recortar a cartolina fazer um desenho qualquer com cores fortes. Recortar e oferecer uma peça para cada criança. Em pequenos grupos de 5 ou 6 crianças, escolhidas sem respeitar a numeração das peças, tentam montar a cartolina novamente. Isso não será possível, então a professora pede a toda turma para tentar montar, discretamente a professora pede que uma criança esconda uma das peças e sugerem que respeitem a numeração das peças. No final fica faltando uma peça, e a professora diz que o trabalho continua incompleto, e reforça que por menor que seja a colaboração, para que um trabalho seja bem feito, “todos” tem que participar.
EX.: Como eu vejo- vendam-se os olhos de uma criança sem deficiência e pede que ela procure uma cadeira na sala, um objeto… Ou conversar com uma pessoa que esteja longe…
DOMINÓ: Utilizar jogos não como instrumento recreativos na aprendizagem, mas como facilitadores, colaborando para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos.
TEATRO NÃO VERBAL: O aluno irá utilizar o corpo e gestos para transmitir uma mensagem
FILME SEM SOM: Poderá levar ao aluno refletir sobre como se sente o colega surdo.
HISTÓRIAS NÃO VERBAIS: Utilizar elementos não verbais para a transmissão de mensagens.
PECS- SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR FIGURAS (PECS- PICTURE EXCHANGE COMMUNICATION SYSTEM): Este é o método de comunicação mais utilizado com autistas, desde os primeiros anos de vida. Muito popular seu uso em escolas (classes especiais), terapias e em casa. Os PECS são extremamente importantes para os autistas não verbais.
PAINEL DE ROTINA: Utilização de material com informação visual.
FANTOCHES: utilizar fantoches em escolas, ruas, lares pois seu potencial mágico ajuda a promover o desenvolvimento integral dos alunos, como convite a contar histórias….

TEATRO E VARAS: usado para ampliar vinculo afetivo, descobrindo seu corpo e potencialidades, limites e fortalecendo sua auto-estima na relação social ampla.
Karla Wanessa, Pedagoga, Pós-graduada em Gestão da Educação, atualmente em sala de aula de Educação Infantil e Educação de Jovens, Adultos e Idosos.
fonte:

DICAS PARA UMA INCLUSÃO

PEQUENAS ATITUDES GRANDES RESULTADOS
No dia a dia o professor não deverá deter-se apenas a rotina, mas ser flexível e criativo sabendo trabalhar com a imprevisibilidade e chegar a um contexto enriquecedor e favorável á aprendizagem. Para que isso ocorra, é fundamental que o professor tenha uma visão global do aprendizado proporcionando através de jogos o equilíbrio entre a imaginação e a lógica, o que por sua vez estará fortalecendo a comunicação interpessoal, professor-alunos-colegas de classe. O professor deve ter como propósito não a limitação, mas sempre o potencial de cada aluno.
·         Não exigir do aluno qualidades que ele não tem, ou que faça algo que esteja limitado por sua deficiência;
·         Valorize os alunos em suas potencialidades, nos seus melhores aspectos e não enfatizar seus erros e pontos fracos;
·         Lembre-se que todas têm condições em comum a necessidade do amor, compreensão e aceitação;
·         Orientar toda comunidade escolar de como se relacionar bem com uma criança com necessidade educacional especial;
·         Procurar não encarar a deficiência com pena, compaixão, a criança com necessidade educacional especial não precisa de piedade, mas sim de oportunidades;

·         Não chamar, nem se referir a criança com necessidade educacional especial, salientado sua deficiência. chamá-lo de mudinho, ceguinho, é de extrema indelicadeza. Ninguém gosta de ser rotulado e classificado por seu defeito aparente.
Karla Wanessa, Pedagoga, Pós-graduada em Gestão da Educação, atualmente em sala de aula de Educação Infantil e Educação de Jovens, Adultos e Idosos.
fonte:
http://tudobemserdiferente.wordpress.com


Uma sala para todos

Assim como uma casa precisa ser projetada para atender às necessidades de seus moradores, o lugar onde você e seus alunos passam boa parte do dia deve estar em harmonia com os objetivos educacionais. Basta reconhecer que todos possuem aptidões e desejos diferentes para que o espaço não fique estático nem padronizado.

Cada passo de uma atividade exige uma organização diferente do trabalho e das tarefas. Portanto, o ideal é que a sala de aula seja um ambiente flexível. Na hora de organizá-la, pense em praticidade, conforto e mobilidade. "Mesmo em salas simples, que não contem com equipamentos modernos, é necessário planejamento e organização para tornar o ambiente inteligente", diz Ângela Soligo. Um bom truque é fazer as seguintes perguntas: Qual a melhor estratégia para ensinar um conteúdo a todos? Quais os recursos de que necessitarei? Qual a organização espacial mais favorável?
A. Estabeleça com os alunos regras de convivência e tarefas como limpeza, organização e utilização dos materiais. As crianças só se sentem responsáveis pelo espaço quando podem optar, dar sugestões e estabelecer as normas junto com o professor. 

B. É preciso materiais para a realização de muitas atividades diferentes que explorem todos os sentidos. Para o visual, mural, cartazes nas paredes, desenhos nos muros, livros, filmes e programas televisivos que sejam educativos.

C. Para o tátil, material concreto e objetos de sucata planejados. Não é necessário dispor de muita tecnologia ou infra-estrutura. Quase sempre a criatividade resolve.

D. Para o auditivo, músicas, que podem ser exploradas até mesmo com um radinho de pilha.

E. Bagunça organizada! É necessário espaço para remover e organizar as mesas e cadeiras em grupos, duplas ou fileiras, de acordo com o objetivo de cada atividade.

F. Tapete e almofadas para atividades mais reflexivas e relaxantes como leitura ou reuniões tipo assembléia. Peça a colaboração dos pais para montar um espaço como este.
fonte:em NOVA ESCOLA Edição 159JANEIRO 2003.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

REFLEXÃO SOBRE INCLUSÃO

UMA ESCOLA PARA TODOS
Existem crianças altas e baixas, loiras e morenas, gordas e magras. Algumas nasceram em lares com pai, mãe e irmãos, todos alfabetizados e leitores. Outras nem conhecem os pais, moram com os avós, os tios, um parente distante. Muitas viajam nas férias. Conhecem o mar, o mato e gente de lugares variados. Há quem nunca tenha saído do bairro em que nasceu. Ninguém é igual a ninguém. Cada pessoa tem uma história particular e única, formada por sua estrutura biológica, psicológica, social e cultural. É assim na vida, é assim na escola. A questão é como elaborar um projeto de ensino que atenda a todos os alunos, sem exceção, dos mais sensíveis aos mais pragmáticos, dos mais competitivos aos mais colaborativos, dos mais lentos aos mais rápidos, dos vindos de lares desestruturados aos que têm família com laços sólidos, dos portadores de necessidades especiais aos superdotados.
Derrubar modelos

A escola é o lugar em que todas as crianças devem ter as mesmas oportunidades, mas com estratégias de aprendizagem diferentes. "É necessário parar de privilegiar determinadas qualidades. O aluno mais rápido não é melhor que o mais lento", afirma Ângela Soligo, do Departamento de Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas.

As crianças são o resultado de suas experiências. Para compreender seu desenvolvimento é preciso considerar o espaço em que elas vivem, a maneira como constroem significados, as práticas culturais etc. "Sabe-se hoje que cada ser humano tem um conjunto de células do sistema nervoso tão particular quanto a impressão digital", afirma a psicóloga Elvira Souza Lima. "Não existe um modelo de criança de 6 anos", completa Terezinha Nunes, coordenadora do departamento de psicologia da Universidade de Oxford Brookes, na Inglaterra. "Pensar assim é discriminar."

Pense quantos tipos ou estilos de aprendizagem há em sua sala de aula? Alguns estudantes são mais introvertidos e se dão bem fazendo trabalhos manuais. Outros são mais elétricos e precisam de agitação. Não há certo ou errado, melhor ou pior. É tudo uma questão de respeitar as diferenças.
Estratégia: atividades diversificadas 

É muito comum trabalhar as mesmas tarefas com todos os alunos, na maioria das vezes sentados em fileiras.

Veja alguns dos problemas que essa dinâmica gera: 

• Os alunos mais rápidos terminam as atividades antes. Se não têm um novo trabalho, atrapalham o resto do grupo. Com o tempo, a possibilidade de perder o interesse pelas aulas é muito grande.

• Os mais lentos não conseguem terminar a atividade no tempo estipulado, que leva em conta a média. Sentem-se incapazes, pois precisam despender um esforço muito grande para realizar uma tarefa considerada fácil por outros colegas (e pelo professor).

• Só os alunos com capacidade média de aprendizagem conseguem adaptar o nível de dificuldade dessas atividades ao seu ritmo.
Assim, os mais rápidos e os mais lentos são iguais no mesmo problema: as atividades estão fora da zona proximal de desenvolvimento de cada um (leia mais abaixo). Portanto, trabalhar um determinado conteúdo dessa forma pode atingir determinados alunos, mas outros não. A saída está em promover diversas atividades, de conteúdos diferentes ou iguais, na mesma turma, respeitando o tempo de cada criança.

O ideal é que façam parte da rotina diária de um aluno:

• trabalho em grupo,

• trabalho em dupla

• trabalho individual.

O mesmo vale para os espaços:

• no pátio,

• no laboratório,

• na sala de aula etc.

E também com materiais pedagógicos que explorem todos os sentidos: 

• massinha,

• tinta,

• argila,

• jogos didáticos e esportivos,

• maquetes,

• música,

• dança etc.
Teoria

A expressão zona proximal de desenvolvimento surgiu com o psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934), que a usou para esclarecer como se estruturam a aprendizagem e a interação das pessoas do ponto de vista da construção do conhecimento. Ela é a distância entre o nível de desenvolvimento real de um aluno ou seja, um saber que ele já adquiriu e um nível mais elevado que ele pode alcançar com a ajuda do professor e de colegas que já dominem o assunto.

Veja como é importante propor trabalhos em grupo e misturar alunos que apresentem diversos níveis de aprendizagem para que cada um desenvolva diferentes maneiras de pensar e trabalhar. Esse conceito, hoje largamente difundido, confirma a tese de que a aprendizagem não depende apenas da estrutura biológica, mas também do meio e da qualidade dos estímulos que todos nós recebemos desde a primeira infância. Por isso, é papel de todo professor ter muito claros os objetivos e resultados que pretende alcançar com uma atividade, para não exigir mais nem menos da turma.
Adeus à fila de carteiras
Na escola Cresça, em Brasília, os alunos têm sempre diversas atividades ao mesmo tempo. "Se as pessoas não são iguais, não posso conceber atividades iguais e carteiras enfileiradas", diz Consuelo Araújo, a diretora. O segredo para dar conta de 30 alunos na sala é o planejamento. Toda segunda-feira os professores debatem os conteúdos a explorar. Já a avaliação é diária. Enquanto um grupo resolve um problema de Matemática, outro faz uma redação. Num canto, estudantes participam de um jogo de cartas. Até o final do dia todos terão passado por todas as mesas. E a professora terá dispensado atenção por igual às crianças. "Sei as dificuldades de cada um, em qual mesa deve ficar mais tempo e até onde posso avançar", diz Kátia Oliveira Paranaguá Lago, professora da 2ª série.
fonte:em NOVA ESCOLA Edição 159JANEIRO 2003.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

PROJETO 2º SEMESTRE DE 2013


DESCOBRINDO ATRAVÉS DAS ARTES, UM MUNDO DE POSSIBILIDADES

Objetivo: Proporcionar aos educandos um contato com as artes de todas as formas, descobrindo as sensações e o conhecimento que as artes de uma maneira holística pode trazer.

Justificativa: A arte tem o poder de expressar sentimentos e diminuir as possíveis  diferenças entre as pessoas.
“Para o cientista das inteligências múltiplas, Haward Gardner, “a educação precisa justificar-se realçando o entendimento humano”, para o autor, a escola não pode sufocar as aptidões dos alunos, pelo contrário, ela precisa canalizar as potencialidades de cada um e adequá-las ao processo de ensino, “todos os indivíduos tem potencial para ser criativos, mas só serão se quiserem”, e aqui entra o papel da Arte na Educação Especial e ou Inclusiva, propiciar um ambiente multiplicador de aprendizagens, aguçando a vontade de aprender através daquilo que gera prazer.”


Como: Através de atividades com pinturas, artesanatos, música e danças, divididos em módulos.


Módulo 1        (Agosto)         PINTURA

Pintores (Trabalhar a obra e não o conhecimento sobre o pintor):
·         Romero Britto
·         Candido Portinari
·         Tarsila do Amaral

Trabalhar várias técnicas de pintura como:
·         Pintura a dedo
·         Pintura com pincel
·         Pintura com reciclagem
·         Pintura  diversas
 Utilizar cores  e texturas variadas
Poderá ser feito exposição de Quadros feitos pelos alunos


Módulo 2        (Setembro)     ARTESANATO 

  Reciclagem
·         Argila
·         Variados (papel, massinhas , garrafa pet, canudo, jornal e com rolos de papel higiênico,...)
·         Areia


Modulo 3    (Outubro)     MÚSICAS BRASILEIRAS  VARIADAS 

·         Vinícius de Moraes (este ano comemoramos o centenário )
·         Tom Jobim 
·         Milton Nascimento
·        Músicas instrumentais
Montar instrumentos de percussão

Módulo 4       (Novembro)    DANÇA (ritmos variados) /TEATRO  

Ritmos variados
Expressão corporal
Representações teatrais (pode ser com histórias construídas pelos próprios alunos)

NA CULMINÂNCIA PODERÁ SER FEITO A JUNÇÃO DE TODAS AS ATIVIDADES REALIZADAS DE AGOSTO A NOVEMBRO.




ALGUMAS DICAS IMPORTANTES QUE PODEM AJUDAR



Barbieri (2012, p. 129-134), ao tratar da apreciação de obras de artes com crianças no livro, "Interações: onde está a arte na infância?", apresenta dicas pedagógicas importantes a serem consideradas por nós professores que atuamos na Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental.

Desse modo, ressalta a necessidade de o (a) professor (a) investigar o assunto com o qual vai trabalhar e, sobretudo, esteja atento para a investigação das crianças

[...] Por isso, perceber por meio da observação e da escuta o que as crianças já sabem e o que desejam saber, possibilita ao professor intenções claras na escolha do que (conteúdo) e do como (didática, estratégia) apresentá-lo às crianças. (BARBIERI, 2012, p. 129)

A autora destaca que não há uma correlação imediata entre nossa linguagem verbal e as obras de artes, sendo assim,  sugere que o (a) professor (a) conheçam mais obras e artistas, observando assim o mundo à sua volta.

E, ao apresentarmos uma obra de arte para as crianças, é necessário “[...] encarar essas obras, falar as imagens, falar sobre elas, dar tempo para que todos falem o que percebem, uma leitura compartilhada mais detida [...]” (2012, p. 130).


Ao ler uma obra de arte com as crianças, a autora explica que é importe tratar do contexto histórico da obra, contudo diz que não é necessário falar  em que século foi realizada, mas sim dizer que foi há muito tempo atrás , quando não existia carro e computador. Ou seja, a autora indica que é necessário apresentar o contexto histórico da obra de arte de forma acessível à criança.

Quanto à biografia do artista, a autora, sugere que seja apresentada somente se a obra pedir, por exemplo, se o artista morar em diferentes regiões e esse aspecto estiver presente na obra retratada.

E, por último Barbieri (2012, p. 133), destaca que é possível aprender com os elementos constitutivos da imagem (cores, formas, espaço, figuras, composição), ou seja, com aquilo que é visível na obra, "[...] e compartilhar esse aprendizado com as crianças, que também têm uma forma de perceber e falar das imagens [...]"

Referência: Barbieri, Stela. Interações: onde está a arte?, Coleção Interações. 2012. Ed. Blucher.