"O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções que eu vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeira. No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero, por isso não estranhe a minha maneira de sorrir de ti desejar o bem. E só assim que eu enxergo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver"

Clarice Lispector.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O ALUNO SURDO E A APRENDIZAGEM

"No séculos passados, não havia escolas para os surdos, pois eles eram considerados incapazes e, portanto, eram excluídos da sociedade. Somente a partir do século XVIII surgiram os primeiros educadores nessa área, que divergiam, no entanto, quanto ao método de ensino mais apropriado. No Brasil, a educação de surdos só foi iniciada em 1855, com a chegada do francês Ernest Huet, no Rio de Janeiro, o qual organizou a escola para educandos surdos, o Imperial Instituto de Surdos Mudos.

É essencial ressaltar, segundo Góes (1996) e Silva (2005), que o trabalho educacional precisa ser orientado para os pontos fortes da criança, para seus talentos, e não para o que lhe falta, a fim de que sejam respeitadas as diferenças desses indivíduos. Assim, o aluno deve ser incentivado a desenvolver a língua de sinais, não só porque ele tem maior predisposição para o processamento visual, mas, principalmente, porque é nesse sistema linguístico, característico de sua comunidade, que as interações e a comunicação podem acontecer com maior êxito.

As crianças surdas, portanto, devem ser expostas, desde o mais cedo possível, à língua de sinais, que constitui a sua língua própria, pois é esse sistema que lhes assegura uma comunicação completa e integral. Além disso, essa língua tem papel importante no desenvolvimento cognitivo e social da criança, já que permite a aquisição de conhecimentos sobre o mundo circundante e auxilia no desenvolvimento de sua identificação com o mundo surdo..."

Alfabetização de Crianças Surdas na Escola Regular
Professoras Jhucyrllene C. dos Santos Rodrigues e Dacilvania Laurentino Nobre

ALGUMAS DICAS 

- estabelecimento do olhar
- exploração das configurações de mãos
- exploração dos movimentos dos sinais (movimentos internos e externos, ou seja, movimentos do próprio sinal e movimentos de relações gramaticais no espaço)
- utilização de sinais com uma mão, duas mãos com movimentos simétricos, duas mãos com movimentos não simétricos, duas mãos com diferentes configurações de mãos.
- uso de expressões não manuais gramaticalizadas (interrogativas, topicalização, focus e negação)
- exploração das diferentes funções do apontar
- exploração das mudanças de perspectivas na produção de sinais
- exploração do alfabeto manual
- jogos de perguntas e respostas observando o uso dos itens lexicais e expressões não manuais correspondentes
- utilização de “feedback” (sinais manuais e não-manuais específicos de confirmação e negação, tais como, o sinal CERTO-CERTO, o sinal NÃO, os movimentos de cabeça afirmando ou negando)
- exploração da produção artística em sinais usando todos os recursos sintáticos, morfológicos, fonológicos e semânticos próprios da LSB (tais recursos incluem, por exemplo os aspectos mencionados até então). A proposta é de tornar rica e lúdica a exploração de tais aspectos da língua de sinais que tornam tal língua um sistema lingüístico complexo. www.ines.org.br/libras/index.htm

(...) algumas ações  são importantes, como falar de frente e usar frases curtas. Usar tom de voz normal e articular bem as palavras, ser expressivo usando gestos e o movimento do corpo são meios para que a pessoa surda consiga entender sobre o que está sendo dito.
       Nunca fale de costas ou grite e sempre que quiser chamar sua atenção acene ou toque levemente em seu braço. A pessoa surda que é oralizada (ou seja, que aprendeu a falar) pode não ter um vocabulário extenso, sendo assim, se perceber que ela não entendeu, use um sinônimo (outra palavra com o mesmo significado).       Se possível use a escrita ou o desenho, esses recursos também auxiliam na conversa e se tiver oportunidade aprenda alguns sinais básicos da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).(...)

http://eeblmlibras.blogspot.com.br/2011/05/sugestoes-para-comunicacao-com-pessoas.html

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