O mediador é aquele que no processo de aprendizagem favorece a interpretação do estímulo ambiental, chamando a atenção para os seus aspectos cruciais, atribuindo significado à informação recebida, possibilitando que a mesma aprendizagem de regras e princípios sejam aplicados às novas aprendizagens, tornando o estímulo ambiental relevante e significativo, favorecendo o desenvolvimento9.
O mediador pode levar a criança a detectar variações por meio da diferenciação de informações sensoriais, como visão, audição e outras; reconhecer que está enfrentando um obstáculo e identificar o problema10,11. Pode também contribuir para que a criança tome mais iniciativa mediante diferentes contextos, sem deixar que este processo siga automaticamente e encorajar a criança a ser menos passiva no ambiente. Desenvolver a flexibilidade também é importante. O mediador pode atuar criando pequenas mudanças e problemas para que a criança perceba, inicie, tolere mudanças e aprenda a lidar com estas situações.
De acordo com esses autores, por meio da mediação, a criança pode ser levada a permanecer por mais tempo em atividades sequenciais que exijam ações complexas e comunicação. Para isso o mediador pode: lançar experiências que solicitem várias etapas na resolução do problema (usando uma forma de comunicação); questionar quem quer resolver o problema; o que deve ser resolvido e oferecer recursos para que o problema seja resolvido. A oferta de recursos no auxílio à resolução do problema deve ser realizada de forma sutil, indicando, por exemplo, onde a resolução do problema pode ser procurada e quais as ferramentas necessárias.
A principal função do mediador é ser o intermediário entre a criança e as situações vivenciadas por ela, onde se depare com dificuldades de interpretação e ação. Logo, o mediador pode atuar como intermediário nas questões sociais e de comportamento, na comunicação e linguagem, nas atividades e/ou brincadeiras escolares, e nas atividades dirigidas e/ou pedagógicas na escola. O mediador também atua em diferentes ambientes escolares, tais como a sala de aula, as dependências da escola, pátio e nos passeios escolares que forem de objetivo social e pedagógico. Também pode acompanhar a criança ao banheiro, principalmente se estiver com objetivo de desfralde, auxiliando nos hábitos de higiene, promovendo independência e autonomia no decorrer da rotina. Isso poderá ser acordado junto à equipe escolar, se esta tiver auxiliar de turma, para que não aconteça conflito nas ações. Adaptar a estrutura física para organizar objetos no entorno, evitando grandes distratores ou exposição daqueles que representam manias é uma ação igualmente relevante.
Mediadores escolares também prestam apoio aos professores em sala de aula. Eles ajudam com as atividades e trabalhos de adaptação individualizada, a fim de permitir que os professores ganhem tempo com as demais atividades do dia a dia. Podem ajudar e apoiar as crianças na aprendizagem e aplicação de material de
classe.
Também proporcionam aos alunos uma atenção individual, quando os alunos estão
tendo dificuldades com o material proposto para o resto do grupo. Algumas
adaptações curriculares podem ser feitas seguindo a proposta do professor da
turma e das terapias de apoio. Para tanto, é necessário conversar com a equipe
terapêutica para que as ações sejam coerentes e uniformes.
A
parceria entre mediador e escola favorece o estabelecimento de metas realistas
no que se refere ao desenvolvimento, como também possibilita avaliar a criança
de acordo com suas próprias conquistas. Como mostra a literatura, o mediador
deveria ser encarado como um profissional que assume o papel de auxiliar na
inclusão do aluno com deficiência e não o papel de professor principal da
criança. Ele deveria ser visto como mais um agente de inclusão, na medida em
que ele teria circulação pela instituição, produzindo questionamentos na equipe
escolar e estando sempre atento a quando e como deve fazer sua entrada em sala
de aula, sem permanecer ali esquecido e excluído junto com o aluno12.
Cabe ressaltar que o mediador pode assumir o papel de ser um apoio para que a
criança possa ser incluída em um processo educacional que, de outra maneira, ou
seja, sem uma pessoa diretamente a apoiando numa relação um para um, poderia
ser desestruturante e insuportável, tanto para a escola quanto para o aluno com
deficiência13.
Em
linhas gerais, observa-se que há diversos tipos de alunos que podem precisar do
apoio de um Mediador Escolar, cujas dificuldades podem ser de diversas natureza.
FONTE:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862010000100010 (acesso em agosto/2015)IMPORTANTE:
Vestimenta adequada
Pontualidade
Organização de tempo e espaço
Registros Importantes
Participação nas atividades escolares e extras curriculares
Trabalho de equipe e parceira com a professora regente
Conheça seu
aluno ;
Verifique na
pasta as orientações médicas;
Se houver
necessidade converse com os responsáveis (junto com a professora regente e
coordenador da U E).
Tenha o
máximo de informação sobre a deficiência desse aluno;
Identifique
em qual nível de aprendizado o aluno se encontra;
Adpte as
atividades de acordo com as especificidades de cada aluno;
Ser
prioritariamente direcionado ao acompanhamento do(s) aluno(s) com deficiência.
* Auxiliar
alunos com deficiências matriculados em turma regular, que apresentem
necessidade de atendimento diferenciado para melhor aproveitamento pedagógico;
* Colaborar
com o professor regente na execução de atividades propostas ao(s) aluno(s) com
deficiência, podendo fazer adaptações que julgue necessárias;
* Contribuir para o oferecimento de espaço
físico e de convivência que sejam adequados ao desenvolvimento e ao bem-estar
do aluno;
* Auxiliar nas limitações motoras, de
locomoção, de comunicação, de leitura e escrita;
* Responsabilizar-se pela alimentação direta
dos alunos, quando necessário;
* Cuidar da Higiene dos alunos sob sua
responsabilidade, estimulando sempre à independência
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