"O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções que eu vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeira. No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero, por isso não estranhe a minha maneira de sorrir de ti desejar o bem. E só assim que eu enxergo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver"

Clarice Lispector.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Vamos falar de Autismo!

(...) Aqui estão algumas dicas sobre o ensino de crianças autistas. Nenhuma dessas regras é fixa, já que cada criança autista responde ao ambiente de maneira diferente. Isso irá requerer experimentos e observação cuidadosos para ver qual será mais eficaz.
  • Determine qual estilo de aprendizagem melhor se adapta à criança autista, e enfatize esse método de aprendizagem e comunicação. Tomando o exemplo da criança que está ignorando a palestra, se ela for um aluno visual, você pode mostrar-lhe a cadeira, ou a imagem de uma cadeira, para ajudá-lo a compreender que é hora de se sentar. Se ele for um aluno sinestésico, você pode sentá-lo na cadeira com uma leve pressão sobre seus ombros.
  • É comum que uma criança autista seja incapaz de processar múltiplas entradas sensoriais ao mesmo tempo. Por exemplo, pode ser impossível para ela processar tanto a visual quanto a auditiva simultaneamente. Neste caso, separe o ensino em “canais” e focalize apenas um sentido de cada vez.
  • Se a criança tem sensibilidade visual, as luzes fluorescentes ou CRT do computador podem parecer similares a cintilação de luzes estroboscópicas. Use iluminação incandescente, ou natural a partir de uma janela, e laptops ou computador de tela plana.
  • Se a criança tem sensibilidade auditiva, uma campainha escolar, o sistema de som, ou mesmo a voz do professor poderão parecer uma buzina. Abaixar a campainha ou o sistema de som, deixando-os ainda audíveis, pode ajudar o aluno a permanecer focado. O professor poderá ter de falar mais baixo, especialmente ao abordar diretamente o aluno. Pode ser possível dessensibilizar o aluno a um ruído específico, tal como um alarme de incêndio, dando-lhe uma gravação do barulho para que ele possa tocar a sua vontade. É importante que a criança mantenha o controle do ruído quando for tocado, para permitir que a dessensibilização tenha lugar.
  • Autistas frequentemente têm problemas em generalizar, o que pode afetar a maneira de eles aprenderem habilidades. Ao ensinar uma criança a olhar para os dois lados antes de atravessar uma rua, pode ser necessário mostrar isso a ela em vários locais. Senão, ela pode pensar que precisa apenas fazer aquilo naquela área particular.
  • Esta falta de generalização pode estender-se aos objetos também. Por exemplo, Hilde de Clereq, da Bélgica, teve um caso de um menino que usava o banheiro em casa, mas não conseguia usar em outro local. Eventualmente ele percebeu que na casa dele havia um assento preto e o menino não podia conectar o conceito de “toilet” nos lugares que tinham assento branco. Eles conseguiram ensinar-lhe a generalizar, colocando fita adesiva preta sobre o assento da escola, e em seguida, eliminando os pedaços de fita ao longo do tempo. Eventualmente, ele foi capaz de generalizar “toilet” para incluir lugares brancos também.
  • Crianças autistas poderão fixar algo de que gostam, como trens. Incorpore estas memorizações nas suas aulas, acrescentando histórias de comboios, problemas matemáticos envolvendo trens, e assim por diante. Isso dará motivação para aprender.
  • É comum que um autista tenha problemas em conectar dois eventos, mesmo se estão muito próximos entre si. Por exemplo, se for ensinar leitura com cartões flash, use cartões tanto com a palavra escrita, quanto a imagem do objeto do mesmo lado do cartão. Se eles estão em lados diferentes, a criança pode não entender que representam a mesma idéia.
Essas dicas apenas tocam a superfície do ensino à crianças autistas.(...)
Fonte: www.pedagogiaaopedaletra.com.br

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