"O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções que eu vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeira. No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero, por isso não estranhe a minha maneira de sorrir de ti desejar o bem. E só assim que eu enxergo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver"

Clarice Lispector.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA INCLUSIVA




Apesar da necessidade de termos uma legislação que ampare os excluídos de nossa sociedade, esta não se faz suficiente para que ocorra realmente a inclusão. É necessária uma maior participação da sociedade no sentido de fazer valer esta legislação. No caso da inclusão educacional, esta é um processo histórico viável e pertinente, pois coaduna com a idéia de educação de qualidade para todos.  Entretanto,  para sua  viabilização, a escola brasileira tem de ser redesenhada.  Muitas adaptações e mudanças devem acontecer marcando uma revolução que se concretiza na  reestruturação do espaço, do tempo e da prática pedagógica vivenciada na escola. Isto posto, a escola inclusiva avançará de modo que a:
 
homogeneização dê lugar à individualização do ensino, na qual os objetivos, a seqüência e ordenação de conteúdos, o processo de avaliação e a organização do trabalho escolar em tempos e espaços diversificados contemplem os diferentes ritmos e habilidades dos alunos, favorecendo seu desenvolvimento e sua aprendizagem. (RIBEIRO, 2003, p.49).
Inicialmente, exige-se a mudança de mentalidade e a construção de um novo paradigma educacional. Deve-se avançar de uma sociedade preconceituosa para uma sociedade humana e solidária com todos; de uma escola tradicional e fechada, a uma escola aberta e inovadora; de uma prática pedagógica homogeneizadora, a ações voltadas para atender, com qualidade, a toda a diversidade de alunos presentes no sistema educacional.  É preciso entender que existem ritmos e tempos diferentes para aprender, como também diversas maneiras de ensinar buscando atender às diferenças.  Nesse sentido, as barreiras atitudinais devem ser superadas com um eficiente trabalho de sensibilização e esclarecimento a toda a sociedade, sobre o respeito e a atenção às diferenças.  O preconceito, o rótulo e a estigmatização em relação às  pessoas com alguma deficiência devem ser transformados em aceitação, solidariedade, fraternidade e justiça.
Referências Bibliográficas
BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à Análise do Discurso. 8ª ed. Campinas: UNICAMP, [s/d.?].  - FAIRCLOUGH, N. Discourse and social change. Cambridge: Polity Press, 1992. -MACHADO, Antônio Alberto; GOULART, Marcelo Pedroso. Ministério Público e Direito Alternativo. São Paulo: Acadêmica, 1992. -MOITA LOPES, L. P. Socioconstrucionismo: discurso e identidades sociais. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo (org.) Discurso de identidades. Campinas: Mercado de letras, 2003, p. 13-38. - OLIVEIRA, Gilvan Muller de (org.). Declaração Universal dos Direitos Lingüísticos – Novas perspectivas em Política Lingüística. Campinas: Mercado de Letras, Associação de Leitura do Brasil (ALB); Florianópolis: IPOL, 2003. PÊCHEUX, Michel. Discurso – Estrutura ou acontecimento. Campinas. Campinas: Pontes, 1996. -SOARES, Magda. Linguagem e escola. São Paulo: Perspectiva, 1987.


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