Apesar da necessidade de termos uma legislação que
ampare os excluídos de nossa sociedade, esta não se faz suficiente para que
ocorra realmente a inclusão. É necessária uma maior participação da sociedade
no sentido de fazer valer esta legislação. No caso da inclusão educacional, esta é um processo histórico viável e pertinente,
pois coaduna com a idéia de educação de qualidade para todos. Entretanto,
para sua viabilização, a escola
brasileira tem de ser redesenhada.
Muitas adaptações e mudanças devem acontecer marcando uma revolução que
se concretiza na reestruturação do
espaço, do tempo e da prática pedagógica vivenciada na escola. Isto posto, a
escola inclusiva avançará de modo que a:
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homogeneização
dê lugar à individualização do ensino, na qual os objetivos, a seqüência e
ordenação de conteúdos, o processo de avaliação e a organização do trabalho
escolar em tempos e espaços diversificados contemplem os diferentes ritmos e
habilidades dos alunos, favorecendo seu desenvolvimento e sua aprendizagem.
(RIBEIRO, 2003, p.49).
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Inicialmente, exige-se a mudança de mentalidade e a
construção de um novo paradigma educacional. Deve-se avançar de uma sociedade
preconceituosa para uma sociedade humana e solidária com todos; de uma escola
tradicional e fechada, a uma escola aberta e inovadora; de uma prática
pedagógica homogeneizadora, a ações voltadas para atender, com qualidade, a
toda a diversidade de alunos presentes no sistema
educacional. É preciso entender que
existem ritmos e tempos diferentes para aprender, como também diversas maneiras
de ensinar buscando atender às diferenças.
Nesse sentido, as barreiras atitudinais devem ser superadas com um
eficiente trabalho de sensibilização e esclarecimento a toda a sociedade, sobre
o respeito e a atenção às diferenças. O
preconceito, o rótulo e a estigmatização em relação às pessoas com alguma deficiência devem ser
transformados em aceitação, solidariedade, fraternidade e justiça.
Referências
Bibliográficas
BRANDÃO,
Helena H. Nagamine. Introdução à Análise do Discurso. 8ª ed. Campinas: UNICAMP,
[s/d.?]. - FAIRCLOUGH, N. Discourse and
social change. Cambridge: Polity Press, 1992. -MACHADO, Antônio Alberto;
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Acadêmica, 1992. -MOITA LOPES, L. P. Socioconstrucionismo: discurso e
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de Leitura do Brasil (ALB); Florianópolis: IPOL, 2003. PÊCHEUX, Michel.
Discurso – Estrutura ou acontecimento. Campinas. Campinas: Pontes, 1996. -SOARES,
Magda. Linguagem e escola. São Paulo: Perspectiva, 1987.
Fonte:
http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=14888&chapterid=11166
(em 01/02/2016)
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