"O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções que eu vou ter que encarar. Escolhi ser verdadeira. No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero, por isso não estranhe a minha maneira de sorrir de ti desejar o bem. E só assim que eu enxergo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver"

Clarice Lispector.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

TEXTO PARA REFLETIR





"É algo que nunca consegui entender... No Brasil é necessário criar lei para que se cumpra o inexplicável. Já li diversas vezes a constituição de nosso país e não encontrei o texto que ressaltasse a diferença entre seres humanos. Dá a impressão que agora iremos fazer caridade em abrir as portas para alguém de muita sorte. Que agora iremos permitir que o espaço antes garantido por uma minoria seja permitido aos novos contemplados. Fico esperando o momento que a escola se transformará em um lugar de exposição e visitação, onde iremos comprar ingressos para somente assistir o espetáculo que acontece atrás dos muros. Ninguém está fazendo favor criando lei que obrigue a garantia de matrícula. Um país que reclama da violência e falta de investimento, um país que clama pela humanização, um país que chora com a dor de desastres, um país que mobiliza multidões em campanhas internacionais contra a miséria deveria enxergar que tem assassinado famílias inteiras, enterrado pessoas vivas, aprisionado gênios e inventores ao se colocar na classificação de pessoas normais ou deficientes. O professor que não tem capacitação para lecionar a toda e qualquer pessoa, com as diversas formas de aprendizagem, terá que engrossar as campanhas por mais investimentos em pessoal e recursos sim, mas devo lembrar aos senhores que em escolas com recursos materiais já em funcionamento, como as sala de recursos, encontramos pessoas que simplesmente se negam a mudar seu planejamento feito em sua colação de grau, talvez uns trinta anos atrás. Isso é verdade e sabemos que acontece!
Devo parabenizar os educadores que lutam diariamente acreditando que NUNCA a inclusão acontecerá a partir de recursos materiais, mas de prática inclusiva, já estamos vendo o resultado. Atualmente conhecemos pessoas de sucesso, reconhecidas por sua competência e conhecidas pelo nome, não pelo diagnóstico.
O que acalma o coração é saber que o número de pessoas que não acreditam realmente no juramento feito pela educação têm saído e buscado novos caminhos. Acho que eles não merecem assistir a formatura de nossos novos alunos, que tão tardiamente estão tomando posse do direto que lhes foi tirado por pessoas deficientes. Você que não acredita que um aluno com qualquer fator neurobiológico seja capaz de desenvolver habilidades tem a pior das deficiências já registrada, com difícil mas possível tratamento, TDAPHI (transtorno de déficit de amor ao próximo, humanização e intelectualidade).
Mas calma, podemos ajudar! O acompanhamento é simples, demanda a prática de olhar o outro como você olha sua própria imagem tocando a alma com a sensibilidade e aproximação ao criador. As intervenções acontecem todos os dias ao abrir os olhos, com duração por todo o momento em contato com pessoas, independente das condições físicas, sociais e outras de quem estiver ao seu lado.
Você não precisa conviver com alguém de posse de um laudo para aprender como "trabalhar" ou "lecionar" .
As palavras parecem duras, mas temos que colocar um basta nisso! Se coloca no lugar de quem hoje sorri com essa conquista, no lugar de cada mãe que passa 24h com crianças que questionam pq não podem ir à escola. Não será lá um lugar seguro para viver, aprender e ensinar? Eu, diante dessa pergunta, responderia para essas crianças que infelizmente em algumas escolas não é seguro. Na escola que não pode ter todo e qualquer ser humano não é seguro o contato, pois existem pessoas portadoras de um vírus muito importante, que contagia adultos e invade o cérebro e coração, impedindo o amor ao próximo. Acrescentaria que impossibilita as pessoas de terem contato com seres inteligentes e de luz, logo... Melhor evitar o contato até que todos os contaminados sejam vacinados e curados com a vacina chamada lei! As sequelas ficam, sabemos... Mas torço para que os contaminados pelo vírus tenham a ideia de mudar de profissão, olha que bacana! Se são tão normais e superiores, poderiam desbravar outros horizontes e deixar livre de contaminação o lugar criado para pessoas capazes de mudar e reinventar todos os dias independente do que tenho, mas do que sou."
Glauciê Gleyds

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